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Star Wars Exposição Brasil
Nessa semana fui visitar "Star Wars Exposição Brasil", no Porão das Artes da Bienal, no Ibirapuera, em São Paulo. O mundo nerd não fala de outra coisa. Eu nem queria ir, o ingresso custa R$30. Inaceitável. Paguei R$4 para ir ao Museu da Língua Portuguesa, R$4 para visitar o Museu do Ipiranga e entrei de graça na Pinacoteca. Por que pagar R$30 para vê roupas velhas e naves em miniatura que nem pertencem à nossa cultura?
Explico, mas não justifico: a exposição começou a circular o mundo em 2007, comemorando os 30 anos do início da saga Star Wars, filme do diretor George Lucas que mudaria para sempre o conceito visual de ficção científica. Sou apaixonado por Star Wars e seus projetos paralelos. Vale lembrar que essa é a primeira vez que a América Latina recebe a exposição, que reúne um acervo de mais de 200 peças originais de Lucasfilm utilizados nas produções da série.
Na Bienal, antes de entrar, de longe já dava pra enxergar a logomarca de Star Wars. Tinham umas garotas com blusas da exposição recebendo os visitantes. Entrei. Um túnel preto serviu para aumentar o friozinho na barriga. De cara o visitante vê um caça Jedi Starfighter (usado em "Episódio III"). Até o pobre do R2D2 estava lá, pendurado na asa. Uma projeção com letreiro ao estilo da série contava um breve relato da exposição. O local é bem escuro, acho que o objetivo era fazer o visitante sentir-se tripulante de uma nave interestelar.
Passamos então por um corredor bem iluminado. Nas paredes uma linha do tempo mostra os principais acontecimentos que fazem parte da história dos seis filmes. No lado oposto uma bancada de vidro com imagens e algumas miniaturas de naves e personagens. Na sala seguinte planetas suspensos dão um ar místico ao ambiente. Dentro de cúpulas de vidro, algumas naves em tamanho real, tais como: Airspeeder (do "Episódio II"), Podracer (do "Episódio I") e Imperial Speeder Bike (do "Episódio VI").
Bonecos vestidos com os personagens também chamam atenção. Os mais legais são Chewbacca, Han Solo, Boba Fett, Luke Skywalker, além, claro, do pequeno Anakin. Outro ponto forte é a chance de analisar detalhadamente os primeiros rabiscos de George Lucas. Muito interessante a maneira como ele imaginava os personagens e como ia mudando-os com o tempo. O Mestre Yoda nos primeiros desenhos parecia um gremlin. O Chewbacca era magro, depois ganhou uma barriga-de-chopp. Genial.
A exposição também conta com uma série de maquetes das naves usadas nas batalhas. Entre elas: Millennium Falcon (de Han Solo), Imperial Star Destroyer (comandada por Darth Vader), AT-AT Imperial Walker e Rebel X-Wing. Passando por um curto corredor escuro, o visitante entra no coração da exposição: a sala do Império. Frente à entrada C-3PO brilha como ninguém. Nas suas costas o inseparável R2D2. Dizem que o ator que interpretou o primeiro esteve dando autógrafos na estréia da mostra. Perdi essa.
A sala imperial também conta com sabres de luz de todos os jedis e siths. Os figurinos usados por Padmé Amidala dominam a metade do ambiente. No topo uma projeção estilizada do Mestre Yoda, igualzinho ao "Retorno de Jedi". No lado oposto Darth Maul, Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker (fase dark) em cúpulas, como se estivessem congelados, esperando um momento certo de acordar.
Mas faltava alguém... Vader, Lord Darth Vader. De longe o visitante já escuta a trilha sonora do império. Ao fundo um estranho ruído. Lentamente caminhei em sua direção. Era uma espécie de respiração abafada. Fiquei na espreita, dando cobertura pra um garoto de uns 10 anos. O coitado parecia está com muito medo. O local parece um mausoléu: frio, escuro e arrepiante. O lado negro da força vive, pulsa, chama. É contagiante. Por trás do vidro as vestimentas do maior vilão da história do cinema. Era o fim da exposição.
Na saída ainda passei numa lojinha com sabres coloridos, revistas, camisetas e bonecos. Pena que tenha faltado atores vestidos como os personagens. Fiquei sabendo depois por amigos que a produção do evento contratou alguns, mas esses ficam por pouco tempo na mostra. Também faltaram locais específicos para fotos, como ao lado das máscaras dos alienígenas. Em resumo: interatividade zero. Agregado a isso: naves muito pequenas, roupas desgastadas e personagens sem cara e espírito, também ajudaram a deixar certo gostinho de decepção. A Força esteve conosco, mas não no meio de nós.
Explico, mas não justifico: a exposição começou a circular o mundo em 2007, comemorando os 30 anos do início da saga Star Wars, filme do diretor George Lucas que mudaria para sempre o conceito visual de ficção científica. Sou apaixonado por Star Wars e seus projetos paralelos. Vale lembrar que essa é a primeira vez que a América Latina recebe a exposição, que reúne um acervo de mais de 200 peças originais de Lucasfilm utilizados nas produções da série.
Na Bienal, antes de entrar, de longe já dava pra enxergar a logomarca de Star Wars. Tinham umas garotas com blusas da exposição recebendo os visitantes. Entrei. Um túnel preto serviu para aumentar o friozinho na barriga. De cara o visitante vê um caça Jedi Starfighter (usado em "Episódio III"). Até o pobre do R2D2 estava lá, pendurado na asa. Uma projeção com letreiro ao estilo da série contava um breve relato da exposição. O local é bem escuro, acho que o objetivo era fazer o visitante sentir-se tripulante de uma nave interestelar.
Passamos então por um corredor bem iluminado. Nas paredes uma linha do tempo mostra os principais acontecimentos que fazem parte da história dos seis filmes. No lado oposto uma bancada de vidro com imagens e algumas miniaturas de naves e personagens. Na sala seguinte planetas suspensos dão um ar místico ao ambiente. Dentro de cúpulas de vidro, algumas naves em tamanho real, tais como: Airspeeder (do "Episódio II"), Podracer (do "Episódio I") e Imperial Speeder Bike (do "Episódio VI").
Bonecos vestidos com os personagens também chamam atenção. Os mais legais são Chewbacca, Han Solo, Boba Fett, Luke Skywalker, além, claro, do pequeno Anakin. Outro ponto forte é a chance de analisar detalhadamente os primeiros rabiscos de George Lucas. Muito interessante a maneira como ele imaginava os personagens e como ia mudando-os com o tempo. O Mestre Yoda nos primeiros desenhos parecia um gremlin. O Chewbacca era magro, depois ganhou uma barriga-de-chopp. Genial.
A exposição também conta com uma série de maquetes das naves usadas nas batalhas. Entre elas: Millennium Falcon (de Han Solo), Imperial Star Destroyer (comandada por Darth Vader), AT-AT Imperial Walker e Rebel X-Wing. Passando por um curto corredor escuro, o visitante entra no coração da exposição: a sala do Império. Frente à entrada C-3PO brilha como ninguém. Nas suas costas o inseparável R2D2. Dizem que o ator que interpretou o primeiro esteve dando autógrafos na estréia da mostra. Perdi essa.
A sala imperial também conta com sabres de luz de todos os jedis e siths. Os figurinos usados por Padmé Amidala dominam a metade do ambiente. No topo uma projeção estilizada do Mestre Yoda, igualzinho ao "Retorno de Jedi". No lado oposto Darth Maul, Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker (fase dark) em cúpulas, como se estivessem congelados, esperando um momento certo de acordar.
Mas faltava alguém... Vader, Lord Darth Vader. De longe o visitante já escuta a trilha sonora do império. Ao fundo um estranho ruído. Lentamente caminhei em sua direção. Era uma espécie de respiração abafada. Fiquei na espreita, dando cobertura pra um garoto de uns 10 anos. O coitado parecia está com muito medo. O local parece um mausoléu: frio, escuro e arrepiante. O lado negro da força vive, pulsa, chama. É contagiante. Por trás do vidro as vestimentas do maior vilão da história do cinema. Era o fim da exposição.
Na saída ainda passei numa lojinha com sabres coloridos, revistas, camisetas e bonecos. Pena que tenha faltado atores vestidos como os personagens. Fiquei sabendo depois por amigos que a produção do evento contratou alguns, mas esses ficam por pouco tempo na mostra. Também faltaram locais específicos para fotos, como ao lado das máscaras dos alienígenas. Em resumo: interatividade zero. Agregado a isso: naves muito pequenas, roupas desgastadas e personagens sem cara e espírito, também ajudaram a deixar certo gostinho de decepção. A Força esteve conosco, mas não no meio de nós.
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